Corrida ao Senado no Estado continua com quatro pré-candidatos embolados
A terceira pesquisa realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) com intenções de votos para o Senado nas eleições gerais do próximo ano no Estado continua com quatro pré-candidatos embolados.
De acordo com o levantamento estimulado, quando são apresentadas opções com os nomes aos eleitores, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) lidera, com 18,57%, estando logo atrás o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 15,37%, o senador Nelsinho Trad (PSD), com 14,51%, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), com 14,13%.
Levando em consideração a margem de erro da pesquisa, que é de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos, os pré-candidatos Capitão Contar, Nelsinho Trad e Simone Tebet estão tecnicamente empatados, ficando entre 0,84 e 2,08 pontos porcentuais de Reinaldo Azambuja na disputa pelas duas vagas de senadores.
Mais atrás, temos os pré-candidatos senadora Soraya Thronicke (Podemos), com 6,57%, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), com 4,52%, o deputado federal Vander Loubet (PT), com 4,50%, e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), com 2,42%.
No caso desses pré-candidatos, os quatro estão tecnicamente empatados, também levando em consideração a margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos. Além disso, 13,96% dos entrevistados não votariam em nenhum, não sabem ou não responderam, enquanto 5,45% não responderam ao primeiro voto ao Senado.
SEGUNDO CENÁRIO
A pesquisa Correio do Estado/Ipems ainda elaborou um segundo cenário, em que o nome da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi retirado do quadro de opções de pré-candidatos ao Senado, porque há a possibilidade de ela mudar o domicílio eleitoral para o estado de São Paulo ou, até mesmo, ser convidada como pré-candidata a vice-presidente da República na chapa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sem Simone Tebet, o ex-governador Reinaldo Azambuja continua na liderança, com 20,36%, seguido mais de longe pelo senador Nelsinho Trad, com 16,53%, e pelo ex-deputado estadual Capitão Contar, com 16,32%, ou seja, o segundo e o terceiro colocados estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos.
No bloco intermediário, aparecem a senadora Soraya Thronicke, com 8,53%, seguida pelo deputado federal Vander Loubet, com 5,70%, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, com 5,20%, e pelo presidente da Alems, deputado estadual Gerson Claro, com 2,94%.
Ou seja, também nesse caso, os três últimos estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos. Além disso, 17,70% dos entrevistados não votariam em nenhum, não sabem ou não responderam, enquanto 6,73% não responderam ao primeiro voto ao Senado.
ESPONTÂNEA
Na modalidade espontânea da pesquisa Correio do Estado/Ipems, ou seja, quando é feita a pergunta aos entrevistados e não é dada nenhuma alternativa para resposta, os citados pelos entrevistados foram Azambuja, com 0,73%, Simone Tebet, com 0,47%, Capitão Contar, com 0,38%, Nelsinho Trad, com 0,35%, Soraya Thronicke, com 0,24%, e Vander Loubet, com 0,13%.
Mais atrás estão Gianni Nogueira, com 0,10%, o deputado federal Marcos Pollon (PL), com 0,05%, o ex-governador André Puccinelli (MDB), com 0,04%, o ex-vice-governador Murilo Zauith (União Brasil), com 0,04%, Gerson Claro, com 0,03%, o deputado federal Beto Pereira (PSDB), com 0,02%, e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,02%.
No último bloco, temos o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PL), com 0,02%, o deputado estadual João Henrique Catan (PL), com 0,01%, o vereador Rafael Tavares (PL), com 0,01%, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), com 0,01%, e a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), com 0,01%, e 49,24% não sabem ou não opinaram, enquanto 47,62% não responderam sobre o 1º voto.
REJEIÇÃO
A pesquisa Correio do Estado/Ipems também levantou a rejeição para o Senado, cuja liderança ficou com o deputado estadual Gerson Claro, com 83,77%, seguido pela senadora Soraya Thronicke, com 79,93%, e pelo deputado federal Vander Loubet, com 79,22%.
Depois, mais atrás, temos a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, com 78,24%, a ministra Simone Tebet, com 63,32%, o senador Nelsinho Trad, com 53,07%, o ex-deputado estadual Capitão Contar, com 52%, e o ex-governador Reinaldo Azambuja, com 50,95%.
O levantamento Correio do Estado/Ipems ouviu 1.720 eleitores distribuídos por 54 municípios, no período de 20 a 31 de outubro, tendo grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos.
ANÁLISE
O diretor responsável pelo Ipems, Lauredi Sandim, analisou que os dados apresentados pela terceira pesquisa de intenções de votos para as duas vagas ao Senado em Mato Grosso do Sul demonstram que a disputa está aberta.
“Em resumo, os quatro primeiros, Reinaldo Azambuja, Capitão Contar, Nelsinho Trad e Simone Tebet, continuam embolados na briga pelas duas vagas, e, tirando o ex-governador, os outros três estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 2,36 pontos porcentuais para mais ou para menos”, pontuou.
Conforme Sandim, quando é considerado o cenário em que a ministra Simone Tebet está fora do quadro de pré-candidatos, Azambuja se consolida ainda mais, estando logo atrás Nelsinho Trad e Capitão Contar. “Então, Nelsinho Trad passa a ocupar a segunda colocação porque ele é quem recebe a maior transferência de votos, proporcionalmente, da Simone Tebet”, comentou.
A respeito da pesquisa espontânea para o Senado, Lauredi Sandim chamou a atenção para o alto porcentual de indecisos – 49,24%. “Esse porcentual de indecisos na espontânea é altíssimo, em que pese que os entrevistados poderiam proferir duas citações, o primeiro voto e o segundo voto”, lembrou.
O diretor do Ipems falou que esse porcentual de indecisos muito alto pode ser explicado pelo distanciamento das eleições, que serão só em outubro de 2026. “Conforme a gente faz a análise, é possível constatar que a eleição ao Senado ainda não está na agenda dos eleitores. Eles devem deixar para decidirem mais para frente”, projetou.




