Professores e demais educadores rejeitam proposta de reajuste da Prefeitura de Caarapó
A proposta foi de 5,5% e o reajuste é abaixo dos 6,27% do piso nacional
Em assembleia realizada no final da tarde de ontem, quarta-feira (16/4), no Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (SIMTED), os professores (as) e demais servidores da educação rejeitaram por unanimidade a proposta linear de reajuste salarial de 5,5% feita pela Prefeitura de Caarapó para os educadores. A categoria também aprovou a manutenção da pauta reivindicatória e a continuidade das negociações com o patronal.
Conforme apurado pelo CaarapoNews, a expectativa das categorias, eram por um reajuste entre 8 e até 10%, baseado, segundo eles, em números do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica), cujo o dinheiro vem, em quase sua totalidade, especificamente para isso, aliado as promessas da atual prefeita Lurdes Portugal (PL) durante sua campanha eleitoral, que prometeu valorizar a categoria.
Porém, na prática, a proposta do Poder Executivo é menor, por exemplo, do que o índice de reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica para 2025, que foi fixado em 6,27%. Esse reajuste foi aplicado pelo Governo Federal em janeiro.
Calculo - O reajuste do piso salarial das professoras e professores é calculado de acordo com a diferença percentual do Valor Aluno Ano do Ensino Fundamental Urbano (VAAF) do Fundeb dos dois anos anteriores. O índice de reajuste é o mesmo utilizado para calcular a distribuição de recursos para as/os estudantes e são atualizados anualmente.
Ao ouvirem a proposta do Poder Executivo, durante Assembleia Geral, com participação de mais 200 profissionais da educação, realizada no final da tarde dessa quarta-feira (16), no Simted, a categoria REPROVOU por UNANIMIDADE a proposta. Ainda conforme apurou nossa reportagem, uma comissão do Simted deve procurar a prefeita Lurdes (PL) na próxima terça-feira (22), após o feriado prolongado, para uma tentativa de renegociação rápida, pois o limite de tempo para o Projeto de Lei ser encaminhado para Câmara Municipal, e ser aprovado com urgência, está se esgotando e talvez não tenha tempo hábil para que esses profissionais possam receber o reajuste ainda na data base, que é o mês de maio, retroativo a janeiro.
Caso não haja uma revisão e uma nova proposta satisfatória a categoria, os professores deixaram bem claro que não descartam uma paralisação.