Perícia conclui que 6ª vítima no feminicídio foi queimada viva em poço
Conforme o laudo, corpo de Giseli Cristina Oliskowiski foi encontrado 12 horas após a sua morte
| GENIFFER VALERIANO E SILVIA FRIAS / CAMPO GRANDE NEWS
A perícia concluiu que Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi queimada ainda viva em um poço no bairro Aero Rancho. O laudo também aponta que o corpo da vítima foi encontrado até 12 horas após a morte. O sexto feminicídio do ano ocorreu em 1º de março.
Laudo pericial revelou que Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi queimada viva em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS), configurando o sexto feminicídio do estado em 2024. O crime ocorreu em 1º de março, e o namorado da vítima foi preso logo após o incidente. Segundo o documento do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), Giseli apresentava hematomas na cabeça, indicando agressão prévia, mas a causa da morte foi carbonização por ação térmica. A perícia identificou sinais de asfixia e confirmou que o óbito ocorreu entre 12 e 24 horas antes do exame necroscópico. Testemunhas relataram ter ouvido gritos vindos da residência do casal na Rua Filipinas, onde o suspeito teria descartado e incendiado o corpo em um poço desativado.
O documento do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) foi finalizado um dia após Giseli ter sido assassinada pelo namorado. No entanto, o Campo Grande News teve acesso ao laudo nesta sexta-feira (21).
Conforme o relatório, a vítima apresentava hematomas na cabeça, indicando que foi agredida antes de ser queimada. No entanto, os ferimentos estavam entre o couro cabeludo e o crânio, eram de pequena extensão e não foram a causa da morte.
Segundo a perícia, as lesões vitais que contribuíram para a morte foram causadas pelo fogo. Exames internos e externos indicaram sinais de asfixia, levando à conclusão de que a vítima morreu por “carbonização por ação térmica – queimadura direta'.
“A rigidez cadavérica nos membros e em desfazimento na cervical, além da ausência de mancha verde abdominal, permitem afirmar que a morte ocorreu em período superior a 12 horas e inferior a 24 horas antes do início do exame necroscópico', finaliza o laudo.
Sexto feminicídio – Giseli é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul, neste ano. Vizinhos relataram ouvir gritos vindos da casa do casal e depois, Jeferson Nunes Ramos seria aberto parte de poço desativado no quintal para jogar o cadáver e incendiá-lo.
O caso ocorreu em uma residência na Rua Filipinas, e o namorado da vítima foi preso logo após o crime.