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Ex-candidato a vereador e assessor-chefe é preso por quebrar protetiva e perseguir mulher

| O JACARé/BY EDIVALDO BITENCOURT


Ojeda foi preso na quarta-feira (5): ele foi nomeado pela prefeita em fevereiro para ser assessor-chefe da Secretaria de Articulação Regional (Foto: Arquivo)

Ex-candidato a vereador de Campo Grande e assessor-chefe da Secretaria Municipal Especial de Articulação Regional, Luís Enrique Nascimento Ojeda, 35 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por quebrar medida protetiva e perseguir uma mulher de 27 anos. Ele foi preso em flagrante na madrugada da última quarta-feira (5) dentro da Casa da Mulher Brasileira.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o político descumpriu medida protetiva e ainda perseguiu a mulher de 27 anos, que tinha ido até a DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) para registrar queixa contra o homem. De acordo com relatos, bastante alterado, ele causou insistia em falar com a vítima e causou tumulto no local.

Durante audiência de custódia, o advogado Alberto Torres, usou o cargo de Ojeda na prefeitura como uma das atenuantes para a Justiça não decretar a prisão preventiva e liberá-lo mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Ele até citou a página do Diário Oficial de Campo Grande em que o ex-candidato a vereador foi nomeado.

Conforme o decreto da prefeita Adriane Lopes (PP) e da secretária municipal de Administração e Inovação, Andréia Alves Ferreira Rocha, Luís Ojeda foi nomeado como assessor-chefe na Secretaria Municipal de Articulação Regional, comandada por Darci Caldo. A nomeação ocorreu no dia 12 de fevereiro deste ano com data retroativa ao dia 3 do mês passado.

Torres ainda citou que Ojeda foi candidato a vereador pelo União Brasil nas eleições do ano passado. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral, ele teve 867 votos. Candidato pela chapa de Rose Modesto (União Brasil), Ojeda se desentendeu com a candidata e acabou anunciando apoio à reeleição de Adriane Lopes no segundo turno.

Nas redes sociais, o advogado destacou os bons antecedentes do servidor público para ser liberado pela Justiça. “Condições pessoais do preso: +30 anos, primário, residente na Comarca dos fatos, Servidor Público, com laudo e diagnóstico fechado de depressão e transtornos mentais/comportamentais causados pelo uso de substâncias psicoativas', pontuou.

A juíza ressaltou que o assessor-chefe da prefeitura descumpriu medida protetiva e ainda perseguiu a vítima dentro da Casa da Mulher Brasileira, um espaço criado para dar proteção às vítimas de violência doméstica.

Ele era subordinado ao secretário municipal de Articulação Regional, Darci Caldo, que foi condenado por corrupção em primeira instância a 19 anos de prisão. Ele recorreu das decisões. Uma ação aguarda julgamento no Tribunal de Justiça. A outra foi encaminhada para a Justiça Eleitoral.

O Jacaré procurou a prefeitura de Campo Grande sobre a situação de assessor-chefe da Secretaria de Articulação Regional, mas não houve retorno. No início da noite, em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande, a prefeita publicou a exoneração de Ojeda do cargo de assessor-chefe a partir desta sexta-feira (7), dois dias após a prisão.

O advogado Alberto Torres informou que não se manifestaria sobre o caso porque o tratamento dado pela reportagem não era o adequado.


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