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Caarapó conquista 3º lugar com trabalho de vacinação dos povos indígenas

| ASSESSORIA/DILERMANO ALVES


Vinício de Faria e Andrade, secretário de Saúde de Caarapó (ao centro), Adeliza Maria Santos Abrami, secretária de saúde de Brasilândia, e João A. de Oliveira Neto, secretário de Saúde de Alcinópolis e diretor de comunicação do Cosems. Foto: Divulgação

O município de Caarapó conquistou o terceiro lugar com trabalho de vacinação dos povos indígenas locais. O trabalho "Fortalecendo a imunização: estratégias colaborativas para proteger as comunidades indígenas de Caarapó contra a dengue", coordenado por Francisco Junior de Oliveira Santos e tendo como coautores Vinicio de Faria e Andrade (atual secretário municipal de Saúde), enfermeira Valéria Barros de Oliveira e equipe do Polo Indígena de Caarapó, possibilitou o feito.

O resultado foi reconhecido durante a II Oficina Nacional do Projeto ImunizaSUS, evento que marcou o encerramento da etapa estadual da Pesquisa Nacional sobre Cobertura Vacinal. Realizada no mês de abril, em Campo Grande, a oficina reuniu autores de experiências de fortalecimento das ações de imunização municipais.

Com o terceiro lugar, Caarapó vai representar Mato Grosso do Sul na etapa nacional da oficina, que ocorrerá de 1 a 3 de julho em Porto Alegre, durante o 38º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. O objetivo é dialogar sobre estratégias de enfrentamento às baixas coberturas vacinais.

O impacto da dengue nas comunidades indígenas também é preocupante. Um surto pode ter consequências devastadoras, levando ao luto e sofrimento entre os membros das aldeias. Há ainda o risco de perda de conhecimentos tradicionais com a morte de anciãos.

Já a vacina contra a dengue mostrou-se segura e eficaz em reduzir em até 70% o risco de contrair a doença. Ela protege contra os quatro sorotipos que circulam no Brasil e pode aliviar a pressão sobre o precário sistema de saúde indígena.

Para o Estado, garantir a vacinação entre os povos indígenas é uma responsabilidade ética e social, necessária para proteger sua saúde de forma inclusiva. A medida também ajuda no controle da doença em todo o país de forma preventiva e de baixo custo, quando comparada ao tratamento dos casos.


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