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Senadora Soraya dá voz de prisão a a testemunha da CPI das Bets

| DOURADOS AGORA/FLáVIO VERãO


Soraya Thronicke (Podemos-MS), durante sessão da CPI das Bets (Saulo Cruz/Agência Senado) Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/video-soraya-thronicke-da-voz-de-prisao-a-testemunha-na-cpi-das-bets/

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas determinou nesta terça-feira (29) a prisão do empresário Daniel Pardim Tavares Lima, após ele ser acusado de mentir durante depoimento à comissão no Senado. A decisão foi anunciada pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que deu voz de prisão ao empresário por falso testemunho.

'Seus advogados poderão explicar em um habeas corpus. O senhor está preso por falso testemunho', declarou Soraya durante a audiência, que precisou ser suspensa para que a Polícia Legislativa iniciasse os procedimentos legais.

A medida foi confirmada pelo presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), após submeter a situação à deliberação dos demais membros da comissão. A maioria considerou que Pardim mentiu ao afirmar que não conhecia Adélia de Jesus Soares, proprietária de uma empresa de pagamentos que, segundo investigações, mantém ligação com a companhia da qual ele é sócio.

Daniel Pardim foi convocado a prestar esclarecimentos sobre transações financeiras entre plataformas de apostas online. Ele é sócio da empresa Peach Blossom River Technology, que, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, tem relação direta com a Payflow Processadora de Pagamentos — atualmente sob investigação por possíveis irregularidades no setor.

A relatora Soraya Thronicke havia justificado a convocação de Pardim com o argumento de que ele poderia fornecer informações essenciais para esclarecer a estrutura empresarial das operadoras de pagamento e suas conexões com as casas de apostas.

A sessão foi marcada por tensão e impasses. Em diversos momentos, o empresário se recusou a responder perguntas dos parlamentares, o que irritou membros da comissão. O ponto decisivo ocorreu quando o senador Marcos Rogério (PL-RO) questionou quem teria indicado Pardim como representante da Peach Blossom. As respostas evasivas e contraditórias foram vistas como tentativa de obstruir os trabalhos da CPI, culminando na ordem de prisão. 

A CPI das Apostas Esportivas foi instalada para apurar denúncias de fraudes, manipulação de resultados e movimentações suspeitas envolvendo casas de apostas online e seus intermediários financeiros.


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