O ex-deputado estadual, Capitão Contar (PRTB), está procurando um partido para concorrer ao cargo de deputado federal. Ele chegou a conversar com o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), para verificar a possibilidade de concorrer ao Senado, mas a vaga foi negada no Partido Liberal (PL).

Na conversa, Bolsonaro chegou a sugerir que Contar procurasse o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) para falar sobre a candidatura a deputado federal no PL, mas ele preferiu buscar outro partido.

Com o não de Bolsonaro, Contar foi atrás da senadora Tereza Cristina (PP) para tentar uma filiação ao PP, onde seria aposta, junto com Rose Modesto (União) e Dr. Luiz Ovando (PP) para uma tentativa de eleger até três federais.

Contar chegou a se aproximar de Tereza na eleição do ano passado, quando ficou muito perto de fechar um apoio à candidatura de Adriane Lopes (PP) para Prefeitura de Campo Grande. Depois, recuou e acabou apoiando a adversária de Tereza e Adriane, Rose Modesto (União).

Curiosamente, os dois últimos adversários do PP nas eleições serão parceiros. Contar enfrentou o PP indiretamente na eleição de 2022, quando Tereza era madrinha de Eduardo Riedel. Na ocasião, ela impediu Bolsonaro de pedir votos para Contar no segundo turno em Mato Grosso do Sul. Se confirmada a aliança, ele apoiará a candidatura de Riedel à reeleição, porque o PP deve fechar com o governador novamente.

Já Rose foi adversária no ano passado, na disputa com Adriane. Todavia, a situação dela é diferente, já que a aliança se dará obrigatoriamente, após a federação entre PP e União Brasil.

Atualmente, Contar é filiado e comanda o PRTB em Mato Grosso do Sul, mas não deve conseguir formar chapas para o partido, que tende a desaparecer na cláusula de barreira.

Para continuar existindo, os partidos precisarão eleger 13 deputados federais ou 2,5% dos votos válidos, sendo 1,5% divididos em nove estados. Sem esse resultado mínimo, os partidos não terão direito a tempo na rádio e televisão ou acesso ao fundo partidário.