Deputados veem fusão com Republicanos como caminho viável para o PSDB
Apesar de colocar como possibilidade, suposta preferência pelo partid é refutada por Reinado Azambuja
| LUCAS MAMéDIO / CAMPO GRANDE NEWS
O partido preferido do PSDB de Mato Grosso do Sul para realizar a fusão parece estar entre a diplomacia das falas públicas e as tratativas já nos bastidores. A suposta predileção pelo Republicanos veio à tona após reunião da executiva nacional do PSDB em Brasília, na última terça-feira (25), da qual participaram o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadua Reinado Azambuja e o governador Eduardo Riedel. O tema está em discussão após o partido perder espaço nos últimos anos e correr risco de não atingir a cláusula de barreira em 2026.
Nesta semana, reportagem da Folha de S.Paulo afirmou que o Republicanos se tornou a opção favorita da cúpula nacional tucana, com apoio declarado de Riedel e do gaúcho, Eduardo Leite, dois únicos governadores da legenda. A publicação, no entanto, não revelou fontes.
Azambuja rechaça que exista preferência. Ele disse que a decisão será tomada em conjunto com Riedel e que “o partido ainda conversa com outras legendas, como PSD e Podemos'. Ao ser informado que deputados federais ouvidos pela reportagem apontaram tendência à fusão com o Republicanos, o ex-governador justificou: “Isso pode ser a vontade deles'.
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) confirmou à reportagem que soube da movimentação favorável ao Republicanos. “Acho uma ótima ideia. Fiquei sabendo meio por cima, mas o Marcos Pereira (presidente nacional do Republicanos) está dando uma ótima condição', afirmou. Para ele, a fusão tem grande chance de ocorrer e há pressa. “O Azambuja quer resolver isso até maio, por conta das composições.'
O parlamentar avalia ainda que o PSDB continua sendo uma legenda valorizada no cenário político. “Os partidos têm muito interesse no PSDB, principalmente de Mato Grosso do Sul, pela importância que temos aqui.'
Já o também deputado Geraldo Resende (PSDB) foi mais cauteloso. Admitiu que a fusão é uma possibilidade e que não vê problema em integrar o Republicanos, caso seja essa a escolha. Ele, no entanto, ressaltou que a decisão deve ser tomada por Azambuja e Riedel. “O partido que abrigar o PSDB precisa ter espaço concreto para todos. E precisa ser um partido de centro, sem radicalismo, que defenda valores democráticos', pontuou.