Deputado de MS destina recursos para produção de documentário em São Paulo
| DOURADOS AGORA/FLáVIO VERãO
O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) destinou R$ 100 mil para a produção do documentário “Genocidas', por meio de emenda parlamentar ao Ministério da Cultura do Estado de São Paulo. A obra é produzida por ex-membros da Secretaria Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL).
Segundo informações do Portal da Transparência, os pagamentos foram efetuados nos dias 7 e 11 de fevereiro. No total, a Associação Passos da Liberdade, responsável pelo projeto, receberá R$ 860 mil para a produção do documentário, valor que está sendo repassado por vários deputados do PL, dos quais R$ 100 mil de Marcos Pollon.
O orçamento inclui passagens e hospedagens em países como Armênia, Hungria, Itália, Rússia, Alemanha, Polônia e Brasil.
De acordo com o Ministério da Cultura, o filme tem o objetivo de “explorar e correlacionar os horrores dos genocídios históricos na Europa com fatos contemporâneos na América Latina'.
O nome de Marcos Pollon já apareceu anteriormente em listas de parlamentares que destinaram emendas Pix para cidades de estados onde não foram eleitos. Em agosto de 2024, uma reportagem da GloboNews apontou que ele enviou R$ 1 milhão para São Paulo (SP), dentro de um total de R$ 13,6 milhões enviados por diversos deputados para outros estados.
Além dele, também constavam na lista os parlamentares Delegado Ramagem (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Vicentinho (PT-SP) e Vinícius Gurgel (PL-AP).
Pollon, Ramagem e Bia Kicis juntos destinaram R$ 1,6 milhão para financiar a produção de uma série documental chamada “Heróis Nacionais', realizada pela Academia Nacional de Cultura (ANC). Segundo os parlamentares, a série pretende contar histórias de personagens considerados importantes na formação do Brasil.
A prática de envio de emendas para estados onde os parlamentares não foram eleitos tem sido questionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que vem determinando mudanças nas regras para evitar o uso indiscriminado de verbas públicas.