Com tempo e recurso, Republicanos vira saída para os ‘sem partido em MS’
| INVESTIGAMS/WENDELL REIS
A disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul promete ser das mais concorridas dos últimos tempos, roubando até o protagonismo da eleição para o Governo do Estado, que por enquanto não desperta muito interesse de candidatos.
Enquanto sobra interessados, faltam partidos para quem deseja concorrer com tempo e recurso. É o caso, por exemplo, do ex-deputado estadual Capitão Contar, filiado ao nanico PRTB. O partido quase não tem recurso ou tempo na propaganda e corre risco de acabar na próxima eleição, caso não faça fusão.
Contar já anunciou o interesse de concorrer na próxima eleição, mas deve ter dificuldade na estrutura para a campanha, caso não consiga outro partido. Quem também vive situação parecida é o deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
Geraldo anunciou a intenção de concorrer ao Senado, mas o PSDB já tem como pré-candidato o ex-governador Reinaldo Azambuja. Neste caso, ele precisaria contar com a saída de Reinaldo, que pode ir para o PL, para ser o candidato.
Portas abertas
Entre os grandes partidos, a maioria já tem candidato ou apoiará alguém. Nesta lista dos 10 maiores partidos (considerando tempo e recurso), o Republicanos surge como uma boa opção para quem não tem uma sigla para concorrer.
O presidente estadual do Republicanos, Antônio Vaz, explica que está buscando candidatos para concorrerem a deputado federal no partido. Indagado se há diálogo, por exemplo, com Contar para eventual filiação, o presidente do Republicanos disse que não há conversa, mas que pode ser uma opção.
“É um bom nome. Estou procurando pessoas assim para serem candidatas a deputado federal. Mas, não estou sabendo disso não (filiação de Contar)… é um bom nome para o Senado também. Se vier, será bem-vindo', declarou.
O Republicanos terá o sexto maior tempo e recurso para a campanha no próximo ano. Em primeiro lugar está o PL, com 76 deputados, seguido pela federação PT, PcdoB e PV, com 68; PP, 58; União Brasil, 51; e PSD, 46. É o número de deputados federais eleitos que define o tempo e recurso de cada partido na eleição.