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Polêmica: Prefeitura de Caarapó quer proibir merenda para professores e demais servidores

| REDAçãO CAARAPONEWS


Foto divulgação

A nova secretária de Educação de Caarapó, Ivone Barros, informou em reunião com diretores das escolas públicas municipais, que a partir de agora a merenda escolar será exclusivamente servida apenas aos alunos.

Desta forma, professores e demais servidores da educação não poderão participar mais da alimentação escolar, o que gerou revolta entre funcionários da rede.

“Absurdo, trabalho a mais de 16 anos na escola e nunca ninguém proibiu o servidor escolar de se alimentar junto aos alunos. Disseram que nem um copo de leite podemos tomar”, disse em mensagem ao CaarapoNews uma Ajudante de Serviço Escolar, que pediu para não ser identificada, temendo represálias.

De acordo com informações apuradas pela reportagem, ao justificar sua decisão, a secretária, citou aos diretores e comunidade escolar artigo da Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC). Segundo o trecho grifado e encaminhado nos grupos de funcionários, “a clientela do programa são, exclusivamente, os alunos matriculados em creches, Educação Infantil e escola do Ensino Fundamental. Portanto, não devem participar da alimentação escolar: os diretores, professores, merendeiros, demais servidores e amigos da escola”, diz trecho do artigo.

A discussão chegou ao Poder Legislativo e o vereador Édson Baratella, o “Professor Pontinha” (PT), pretende apresentar um Projeto de Lei Municipal que assegure esses direitos aos professores e servidores. Segundo ele, outros dois colegas da Casa também já teriam apoiado a iniciativa e podem entrar como signatários.

“O nosso entendimento é de que o aluno tem a prioridade, mas não necessariamente exclusividade. Portanto, ao meu ver, pode, sim, ser fornecida sem que nenhum estudante ou município seja prejudicado”, afirma.

“Pontinha” disse ainda que existe projetos aprovados em outros municípios e também nas comissões da Câmara dos Deputados.“

Para ele, e os demais que defendem a manutenção dos critérios utilizados até o ano passado, o consumo de alimentos por parte dos professores e agentes escolares, juntamente com os alunos, configura-se como prática educativa e de integração comunitária. E cita como exemplo alunos autistas, que se apegam aos profissionais que os acompanham na escola e se alimentam, junto com eles, de acordo com o que eles comem.

“Reconhece-se, portanto, que o professor e os demais profissionais envolvidos no espeço escolar são fundamentais no momento da alimentação dos alunos, tanto para integração como para a aquisição de conhecimento sobre a boa alimentação. Em consequência, devem ser incluídos nas refeições ter acesso à comida oferecida aos estudantes”, diz o parlamentar.


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