Mato Grosso do Sul precisa de investimento estimado em R$ 4,36 bilhões para recuperação das rodovias que apresentam problemas e que prejudicam o tráfego de veículos. Do montante, R$ 3,1 bilhões são para ações emergenciais de restauração e R$ 1,1 bilhão para manutenção.

O levantamento integra pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que analisou condições de 23 rodovias de Mato Grosso do Sul, entre estaduais, federais, públicas e concessionadas. Apenas 9 têm classificação geral de bom, 13 são consideradas regulares e uma aparece como ruim.

A pesquisa mostra que rodovias concedidas têm 49,2% de avaliação boa, 35,9% regular e 14% ótima. Já entre as administradas pelo poder público, 36,4% são consideradas boas, 46% regulares e 9,9% ótimas.

Vale lembrar que Mato Grosso do Sul tem concessão em apenas duas rodovias, por enquanto. Na esfera federal, a BR-163 é administrada pela CCR MSVia desde 2014 e corta o Estado de norte a sul. No âmbito estadual, a MS-306 é concessionada pela Way-306 desde 2020 e desde o km zero, divisa de MS/MT, até o km 218,1 no entroncamento com a BR-158, em Cassilândia.

O Estado só tem 4 rodovias consideradas boas em todos os quesitos, sendo a BR-163 (concessionada), BR-262 (em processo de concessão), BR-419 (recém-asfaltada) e MS-306 (concessionada).

A MS-444 é a única considerada ruim, conforme o levantamento. São 6 km de extensão, com pavimento e geografia considerados péssimos, mas que estão em processo de pavimentação. Segundo a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), o projeto de pavimentação da MS-444 já foi elaborado e a licitação do primeiro lote está prevista para abril deste ano.

Com investimento total estimado em mais de R$ 17 bilhões ao longo de 29 anos, o edital da BR-163 em MS prevê a duplicação de 203 km de estrada, a construção de 147,77 km de faixas adicionais e a implementação de 28,82 km de contornos, além de melhorias no traçado de 22,99 km de vias marginais. O leilão acontece dia 22 de maio.