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MS era destino de sementes falsificadas vendidas por grupo criminoso

Milho e soja que deveriam ser destinados às fábricas de ração, eram comercializados como produto de qualidade

| ANTONIO BISPO / CAMPO GRANDE NEWS


Policiais Civis reunidos no início do cumprimento da Operação (Foto: Divulgação/PCRS)

Grupo criminoso que atuava em quatro estados brasileiros foi alvo de Operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, após ser descoberto esquema de fraude, onde sementes de má qualidade eram vendidas como produtos bons para o plantio. Produtores rurais de Mato Grosso do Sul foram uma das vítimas do esquema que causava prejuízo de R$ 1,8 milhão por saca.

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Uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul desmantelou um grupo criminoso que atuava em quatro estados brasileiros, responsável por fraudes na venda de sementes de baixa qualidade como se fossem de alto rendimento. O esquema, que causou prejuízos de R$ 1,8 milhão por saca a produtores rurais, foi descoberto após uma cooperativa identificar a falsificação de 1500 sacas de milho. O grupo, composto por empresários do setor agrícola, falsificava produtos e os revendia, gerando um lucro de R$ 1 mil por saca e movimentando cerca de R$ 13 milhões em 15 meses. A operação resultou em 41 mandados de busca e apreensão e duas prisões.

A investigação começou quando uma grande cooperativa do Rio Grande do Sul identificou a fraude, ao perceber que 1500 sacas de milho de alto rendimento, vendidas por um corretor de sementes de São Luiz Gonzaga (RS), na verdade eram falsificadas, havendo grãos de baixíssima qualidade.

Os produtos acabaram revendidos para diversos produtores da região, que ficaram no prejuízo. A polícia descobriu que o esquema era formado por empresários do ramo agrícola de São Luiz Gonzaga (RS), Santo Cristo (RS), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Barreiras (BA).

Juntos, o grupo destinava os grãos que deveriam ser enviados à indústria de ração ou alimentos, por possuírem baixa qualidade, para ensacamento como produtos similares àqueles que são conhecidos no mercado pela excelente produtividade. No golpe, as sacas falsificadas imitavam as formas das originais.

Para isso, gráficas de São Paulo e da Bahia atuavam no esquema. Elas também foram alvos da Operação desencadeada nessa quarta-feira (4).

Depois de falsificados, os produtos eram enviados a diversos estados brasileiros, entre eles, Mato Grosso do Sul. Em apenas uma negociação, os criminosos causaram prejuízo de R$ 2 milhões. Por saca, o lucro era de R$ 1 mil, equivalendo a R$ 1,8 milhão por carga negociada.

Ao todo, em 15 meses, o grupo movimentou cerca de R$ 13 milhões. Participaram da operação Piratas do Agro 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários. Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão, 33 mandados de busca de veículos, 18 bloqueios de contas bancárias e duas pessoas presas na Bahia e Rio Grande do Sul.


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