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Pessoas expostas a desastres climáticos têm 50% de chance de desenvolver ecoansiedade, diz estudo

Médico da Unimed Campo Grande orienta como se precaver desse transtorno

| REDAçãO/ CAARAPó NEWS


Foto: Júlia Lopes/Rádio Senado

Os moradores de Mato Grosso do Sul estão acompanhando mudanças significativas no clima do Estado. Várias cidades têm registrado temperaturas que chegam próximas a 50 graus e, não bastasse o calorão, recentemente, o Estado enfrenta névoa densa formada por fumaça das queimadas vindas tanto da região do Pantanal quanto da Amazônia, Bolívia e Paraguai. Essa combinação, segundo especialistas em saúde mental, tem provocado transtornos físicos e mentais nos moradores, chamando atenção da comunidade médica.

É que muitas pessoas estão enfrentando desafios de lidar com a mudança climática e suas consequências nos ecossistemas, na dinâmica social e na saúde mental. A ecoansiedade não é um termo novo, mas o surgimento do conjunto de seus sintomas têm sido cada vez mais registrado nos consultórios e clínicas nos últimos meses.

No Brasil não há estudo, mas de acordo com a Associação Americana de Psicologia, até 50% das pessoas expostas a um desastre climático têm risco de desenvolver problemas de saúde mental. De acordo com estudo, problemas ambientais associados às mudanças climáticas proliferação de fenômenos meteorológicos extremos (ondas de calor e incêndios, ciclones e tufões, terremotos e maremotos, etc.), do aumento da poluição e seu impacto na saúde, da acumulação de lixo nos oceanos, da perda de biodiversidade, do estresse hídrico e da escassez de água, da exploração excessiva dos recursos, do desmatamento e da subida do nível do mar, entre outros fatores, são os que mais tiram o sono dos ecoansiosos.

O médico psiquiatra da Unimed Campo Grande, Dr. José Carlos Rosa Pires de Souza conta que os mais comuns são insônia, dificuldade de respiração, aceleração cardíaca, ressecamento da pele, diminuição da frequência respiratória e irritabilidade. Pessoas predispostas à depressão também podem desencadear a doença, incluindo àquelas que trataram e controlaram o transtorno. “Há impactos físicos, como gastrite psicossomática, por exemplo. A ecoansiedade pode desencadear ou mesmo agravar doenças, influenciando, inclusive, em recidivas naqueles quadros que estavam amenizados”, explica o especialista. “O que difere a preocupação ambiental com a ecoansiedade é que esta última traz prejuízo no dia a dia social, profissional, físico e psíquicos”.

O médico alerta que pessoas muito estressadas, inquietas, preocupadas tendem a desenvolver a ansiedade, fator que pode gerar a ecoansiedade. Ele recomenda: o sinal de alerta é quando essa ansiedade/preocupação atrapalhar o desenvolvimento das atividades corriqueiras. A ajuda médica deve ser imediata a fim de que outros sintomas decorrentes da ecoansiedade não se agravem. “Muitas vezes, é necessário acompanhamento psicológico, terapias, outras formas para ajudar a pessoa a tratar o transtorno".

O envolvimento de forma saudável em atividades em prol do meio ambiente pode ajudar a acalmar a mente. Para José Carlos, quanto mais cedo a criança for educada e houver uma conscientização da população sobre como contribuir com desperdícios e a proteger o meio ambiente, na promoção de uma consciência sobre a responsabilidade individual e coletiva pela preservação do ambiente, menor é a chance de desenvolver o transtorno. “Recentemente, vimos como o brasileiro é solidário quando o assunto é catástrofe no evento do Rio Grande do Sul e precisamos usar essa energia para também aprendermos algo, a nos educarmos, afinal, o ambiente é nossa casa. Devemos cuidar dele como se fosse uma peça do nosso imóvel”.

A boa notícia sobre o combate à ecoansiedade é que está mudando a consciência de grande parte da população acerca da necessidade de cuidar do planeta. Pequenos gestos individuais podem ajudar a diminuir a ansiedade:

· Conhecer o assunto é fundamental: a educação. Conscientize a si mesmo e os demais sobre esse problema.

· Realizar atividades sustentáveis: construa e incentive uma horta urbana ou a prática “plogging” que consiste em coletar lixo plástico enquanto se pratica uma corrida leve.

· Consumo responsável e reciclagem: promova práticas para proteger o meio ambiente. Reduza também o consumo de plástico.

· Aposte na mobilidade e na alimentação sustentável.

· Evite as pequenas ações que poluem: deixar torneira aberta ou jogar um chiclete no chão; pequenos detalhes também são importantes.

Jeito de Cuidar Unimed - Um movimento das Unimeds que conecta todos da cooperativa em torno do “cuidar” – que é a essência da marca, define um novo padrão de cuidado com a saúde e com o bem-estar das pessoas, proporcionando uma experiência positiva e única aos beneficiários, clientes e à comunidade em geral.

(Com informações da assessoria)


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