O Plano Safra da Agricultura Familiar para Mato Grosso do Sul, anunciado na segunda-feira (16), prevê um aumento significativo de 44% nos recursos destinados aos pequenos produtores rurais.

Com linhas de crédito atrativas, apresentando juros que variam de 0,5% a 3% ao ano, o plano também oferece prazos extensos e bônus para aqueles que adotarem práticas sustentáveis. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o plano é "amplo e abrangente", abrangendo as principais demandas do setor no Estado.

O novo plano responde às principais necessidades dos produtores da agricultura familiar: financiamento. “O Governo disponibilizou meio bilhão de reais; linhas de crédito competitivas, os juros estão baixos, em alguns casos ficam aquém da inflação; os prazos estão longos, e tem fundo garantidor para avalizar o financiamento e o produtor sair do banco com uma resposta positiva”, comentou Verruck, ressaltando a importância da agilidade dos bancos na liberação dos financiamentos.

O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar ocorreu no auditório do Sebrae, em Campo Grande, e contou com a presença de representantes de órgãos federais e estaduais, deputados, sindicalistas e líderes rurais. Cada participante teve três minutos para expor sua mensagem, o que trouxe diversidade de opiniões e perspectivas sobre a importância do plano para a agricultura familiar no Estado.

Detalhes do Plano e metas para 2024 - O secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Vanderley Ziger, apresentou os principais detalhes do Plano Safra e desafiou bancos e instituições de apoio a garantirem que todo o valor disponibilizado seja efetivamente contratado. Em 2023, o Estado registrou 6.332 operações de crédito por meio do Plano Safra, totalizando R$ 346 milhões. O novo montante, de R$ 500 milhões, representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior.

Para facilitar a contratação dos recursos pelos produtores, foram criados três fundos garantidores. Um deles é operacionalizado pelo Sebrae, atendendo pequenas empresas, enquanto os outros dois dão garantia para operações de crédito e avaliam investimentos, respectivamente. Essa estrutura visa garantir que os pequenos produtores tenham maior facilidade e segurança ao acessar os recursos do plano.

Os juros das linhas de crédito giram em torno de 3% ao ano para a produção de alimentos, podendo cair para 2% caso o agricultor adote práticas sustentáveis. Uma novidade para este ano é o Pronaf Florestas Produtivas, que incentiva a recuperação de áreas degradadas por meio da silvicultura. Esta linha de crédito tem um limite de R$ 100 mil por operação, taxa de 3% ao ano, carência de 12 anos e prazo de 20 anos para quitação do empréstimo.

“Mato Grosso do Sul tem uma agricultura forte, tanto empresarial quanto familiar, e um potencial imenso a ser explorado. Por isso, viemos aqui lançar o Plano Safra da Agricultura Familiar, para dizer que o Governo Federal está presente e quer fazer com que esse dinheiro chegue aos agricultores familiares, para que produzam mais alimentos de qualidade para a mesa dos brasileiros”, declarou Ziger.