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Tereza e Adriane querem não de Bolsonaro olho no olho

A declaração ocorreu durante o lançamento do projeto do Hospital Municipal, no Parque Ayrton Sena. “Passei o fim de semana nos Estados Unidos

| GABRIELA COUTO E ALINE DOS SANTOS/CAMPO GRANDE MEWS


Prefeita Adriane Lopes (PP) e senadora Tereza Cristina (PP) de braços dados no evento (Foto: Alex Machado)

Durante agenda pública em Campo Grande nesta manhã, a senadora Tereza Cristina (PP) comentou sobre o possível apoio do amigo e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao pré-candidato a prefeito de Campo Grande, deputado federal Beto Pereira (PSDB). Ela disse estar surpresa com o que aconteceu e que espera ouvir da boca de Bolsonaro a opção do PL na Capital.

A declaração ocorreu durante o lançamento do projeto do Hospital Municipal, no Parque Ayrton Sena. “Passei o fim de semana nos Estados Unidos. Cheguei no sábado (29) à tarde. Claro que com a modernidade ninguém me largou em paz. Para mim, foi uma surpresa isso que aconteceu. Essa virada [de apoio de Bolsonaro]”, disse a senadora.

Antes da viagem, Tereza tinha dado como "quase certa" a presença do ex-presidente no palanque da pré-candidata dela para reeleição na Capital, Adriane Lopes (PP).

Mas, conforme apurado pelo Campo Grande News, na última quinta-feira (27), enquanto a senadora estava em solo americano, o governador Eduardo Riedel (PSDB), o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, e o pré-candidato, Beto Pereira, se reuniram em Brasília (DF), separadamente, com Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o senador Rogério Marinho (RN), responsável pela negociação que resultou no acordo que vai unir PSDB e PL nas próximas eleições.

Apesar da declaração dada por Costa Neto, de apoiar Beto Pereira na corrida pela Prefeitura de Campo Grande, a presidente do PP em Mato Grosso do Sul, disse que nada muda em relação a candidatura do partido dela.

“Só tem o plano A, que chama Adriane Lopes. E nós vamos continuar nessa caminhada. Claro que a vinda do PL com o PP nos ajudaria, complementaria. Mas eu preciso entender o que aconteceu. Eu conversei anteontem um pouquinho com o governador Eduardo Riedel. Estou indo para Brasília hoje à tarde. Tenho reunião com o Valdemar, devo conversar com o Bolsonaro na quarta-feira (3). Mas é coisa da política. Se a gente tiver o PL do nosso lado, a direita estaria muito unida. Agora, essa é uma decisão que não cabe ao PP”, ponderou Tereza Cristina.

Antes de sair, a senadora ainda enfatizou. “Espero que o presidente (Bolsonaro) olhe para essas duas mulheres [ela e Adriane] e diga que esse é o caminho em Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Para Adriane, o anúncio dos últimos dias não irá mudar o planejamento de trabalho e a pré-candidatura. “Até aqui eu vim sozinha. Não foi o PL que me trouxe aqui. A senadora se juntou a mim, segurou na minha mão e disse que está comigo. Se até aqui eu cheguei, nós vamos avançar juntas”, concluiu. 


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