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Presidente da Petrobras diz que visita é 1º passo da revitalização da UFN3

A visita técnica será acompanhada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governador do Estado, Eduardo Riedel, e gerentes da Petrobras

| SILVIA FRIAS/CAMPO GRANDE NEWS


Governador Eduardo Riedel, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates e ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (Foto: Álvaro Rezende/Secom)

O presidente da Petrobas, Jean Paul Prates, disse que a visita técnica esta manhã à fábrica de fertilizantes da UFN3, em Três Lagoas, é o primeiro passo da revitalização ou reaprovação da planta de hidrogenados no município. Por enquanto, não se sabe qual modelo será adotado para a retomada da obra, mas o Governo Federal trabalha com cronograma que prevê a abertura em 2026.

Antes da visita técnica, a comitiva falou com a imprensa, ainda no aeroporto de Três Lagoas.

A visita técnica será acompanhada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governador do Estado, Eduardo Riedel, e gerentes da Petrobras. Na coletiva, estavam presentes, além de deputados estaduais, o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, e de representantes de prefeituras de cidades próximas.

Prates explicou, durante a coletiva, que a Petrobras havia “descontinuado” a produção de fertilizantes, sendo considerado negócio secundário. Voltou e saiu dos planos da estatal e, em outubro de 2023, houve a retomada do projeto. “É raciocínio plenamente correto, faz todo sentido, estamos em um ponto central [do país]”, disse, referindo-se à logística do transporte e distribuição.

Segundo o presidente da Petrobras, a ideia se mantém, mesmo com o uso de gás natural proveniente da Bolívia, negociado em valor mais caro, se comparado a outros mercados internacionais. “Estamos a quilômetros de distância do Qatar, do Irã, essa é a lógica da planta de Três Lagoas, mesmo que o gás seja mais caro, nós temos que fazer dar certo aqui, porque o consumo é aqui, então, tem lógica cortar custos de logística”.
Prates explicou que esta é a primeira etapa: uma visita técnica para avaliar as condições econômicas e ambientais da estrutura, que teve obra suspensa em 2014. “Então, uma vez definida esta viabilidade econômica não é só um sim ou não, é ver o quanto é viável para a gente poder ajudar o projeto ao longo da vida dele”, disse.

Somente aí, poderá ser anunciada a abertura de edital ou a vinda de parceiro sócio na empreitada. “A gente ainda está definido tudo isso, não tem prazo ainda”, afirmou, dizendo que preliminarmente, se trabalha com cronograma 2025/2026, entre abertura de licitação e execução da obra. “Mas isso depende desse processo todo”, afirmou o presidente da Petrobras.

A ministra Simone Tebet enfatizou que, o que depender do Governo Federal, a fábrica de fertilizantes vai fazer parte do plano de investimentos da Petrobras. “Mas há toda uma burocracia a ser feita por isso”, disse. Segundo ela, a vistoria faz parte do processo para verificar a viabilidade do projeto e valores envolvidos. “Até dezembro, estas respostas estarão respondidas”.

Na coletiva, o governador Eduardo Riedel disse que “esse é projeto para o Brasil”, extrapolando as ações positivas para Três Lagoas. Também falou das ações do governo, com melhorias em estradas para desenvolvimento da logística do Estado, como o projeto “Ms Ativa Municipalismo”, que prevê investimento nos 79 municípios de MS.

O titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, diz que a vinda da Petrobras é “ponto crucial” na retomada do projeto e se disse otimista em relação ao término da obra. “Três Lagoas está prestes a retomar aquele grande ‘boom’ em termos de desenvolvimento econômico que estava previsto”.

Novela - A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Em 2022, a empresa russa Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação nem do governo estadual, nem da Prefeitura de Três Lagoas.

(Com colaboração de Ricardo Ojeda, do Perfil News). 


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