Moradores de diferentes regiões de Dourados relataram terem sentido um suposto tremor de terra na tarde desta quarta-feira (25), por volta das 17h. Os relatos vieram de bairros como Parque Alvorada, imediações do Trevo da Bandeira e também da região central.

Até o momento, não há confirmação oficial se de fato ocorreu o fenômeno. A Defesa Civil de Dourados foi acionada e informou que está apurando o ocorrido.

O coordenador da Defesa Civil no município, Johnes Santana, diz que foram feitos contatos com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que até o momento não registrou nenhum tremor na cidade. Também foram enviados pedidos de informação aos centros de sismologia da USP e da UnB, e a equipe local aguarda retorno técnico.

A reportagem segue acompanhando o caso e trará novas informações assim que houver confirmação oficial sobre a ocorrência ou não de um abalo sísmico na região.

Tremor era mina

No início deste mês moradores da cidade de  Bonito relataram terem sentido tremor, que chegou a ser listado pelo Centro de Sismologia da USP. Contudo, na verdade,  tratou-se do resultado de uma explosão controlada para desmonte de rochas em uma mina de calcário.

A detonação ocorreu por volta das 9h30 do dia 3 de junho, em uma área explorada pela mineradora Calluz, nas proximidades da Estrada do 21 (MS-345). A explosão fazia parte das atividades rotineiras de extração de calcário, mineral abundante na região da Serra da Bodoquena.

Nas redes sociais, moradores relataram objetos caindo dentro de casas, portas balançando e crianças deixando escolas com medo. O impacto foi sentido em diferentes pontos da cidade e inicialmente confundido com um abalo sísmico de origem natural.

O tremor chegou a ser registrado temporariamente pela USP, que monitora eventos sísmicos no país, mas foi removido após a confirmação de que se tratava de atividade humana. A Defesa Civil e órgãos ambientais foram notificados.

Esse tipo de ocorrência não é incomum em regiões com intensa atividade mineradora, mas o impacto sentido por moradores reacende o debate sobre os limites e a comunicação dessas explosões controladas.