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Gaeco cumpre mandados na casa de ex-presidentes e na Câmara de Aquidauana

Equipes estiveram na casa de dois políticos do PSDB implicados em investigação de fraude em licitação

| MIDIAMAX/GABRIEL MAYMONE


Equipes do Gaeco cumpriram mandados também na Câmara de Aquidauana (Fala Povo, Jornal MIdiamax)

Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumprem mandados na manhã desta terça-feira (28), em operação chamada “Ad Blocker”, em Aquidauana e em Campo Grande. A ação implica políticos, servidores públicos e empresários.

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, as equipes estiveram na Câmara de Vereadores do município e na casa de dois ex-presidentes do Legislativo, os vereadores reeleitos Wezer Lucarelli (PSDB), que comandou a Casa de 2021 e 2022, e Antônio Nilson Pontim (PSDB), na presidência no biênio de 2023 e 2024.

À reportagem, o presidente da Câmara, Everton Romero (PSDB), confirmou que as equipes ainda estavam no prédio, às 10h. “Estamos atendendo aqui [as equipes do Gaeco] da melhor maneira possível. Totalmente aberto e nada a esconder”.

Sobre as investigações acerca dos contratos alvos da operação, Romero disse que assumiu agora como presidente da Casa e que está “tomando pé da situação”.

Em nota oficial, o Gaeco informou que “a referida Câmara de Vereadores já pagou valor milionário nos últimos três anos e a execução do contrato aponta para inúmeras fraudes, inclusive uso de supostos serviços para beneficiar interesse particular de agente público”.

O nome dado à operação faz referência à tradução do inglês para o português (bloqueador de anúncios).

Auditoria do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de MS) já havia encontrado irregularidades no contrato, que somou R$ 1,5 milhão em pagamentos, com dois termos aditivos de R$ 500 mil.

Para o Jornal Midiamax, Wezer declarou que apresentou o celular desbloqueado aos investigadores do Gaeco. Em relação à investigação, o ex-presidente disse que utilizou editais baseados no próprio TCE-MS. “O Tribunal de Contas encontrou três ou quatro anormalidades, só que estão a julgar o contrato e edital deles”, afirmou, completando que “se o meu eles encontrarem irregularidade, terão que punir eles [o próprio TCE-MS] também”, concluiu.

Já Nilson não atendeu. O espaço segue aberto para posicionamento.


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