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Com 12 pedágios previstos, trafegar pela Rota da Celulose vai custar mais de R$ 140

Estudos realizados pelo Governo do Estado, mostram que trechos da Rota da Celulose são frequentados principalmente por pessoas a trabalho, somando 43% das viagens

| MIDIAMAX/PRISCILLA PERES


Trecho da BR-262. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Com licitação prevista para o início de dezembro, a Rota da Celulose que contempla cinco trechos de rodovias de Mato Grosso do Sul, deve ter cobrança de pedágio em 12 pontos. Edital elaborado pelo Governo do Estado prevê que empresa privada administre os trechos por 30 anos.

Em sistema inédito em MS, a empresa que assumir a concessão deverá instalar pedágios free flow, que consiste em cobrança automática sem a necessidade de instalação de praças de pedágio. Serão quatro pedágios na BR-262, três na MS-040, um na MS-338 e quatro na BR-267.

O pedágio mais caro vai ser na BR-262, onde os valores devem variar de R$ 11,60 a R$ 15,20. No primeiro ano de concessão, trafegar pela rodovia vai custar R$ 53 em pedágio, para ir de Três Lagoas a Campo Grande.

Na MS-040 serão três pedágios, dois de R$ 13,70 e um de R$ 10,40. Dessa forma, ir de Campo Grande a Santa Rita do Pardo, pela via, vai custar R$ 37,80. Na MS-338 será um pedágio, em Santa Rita do Pardo, por R$ 9,50.

Na BR-262 serão quatro pedágios, variando de R$ 4,70 a R$ 15,10 e ir de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul vai custar R$ 40,20. Considerando as tarifas predefinidas pelo Governo, trafegar pela Rota da Celulose pode custar R$ 140,50.

Rota de empresas

Estudos realizados pelo Governo do Estado, mostram que trechos da Rota da Celulose são frequentados principalmente por pessoas a trabalho, somando 43% das viagens. As frequências de viagem predominantes são eventual, mensal e semanal, com 30%, 29% e 27%, respectivamente.

Já em relação às rendas, os valores se concentram entre dois e seis mil reais por mês, intervalo representativo de 54% da renda dos usuários. Por fim, cerca de 40% dos usuários já pagam pedágio em suas rotas atuais.

Já em relação aos caminhões, quase 70% dos usuários trafega com o veículo carregado, sendo a carga predominante os produtos agropecuários. Quase 80% dos veículos são de propriedade da empresa e 70% já pagam pedágio nas rotas atuais, sugerindo baixa propensão a mudanças de rotas em função de novos pedágios.

Governo prevê R$ 9 bilhões em investimentos

Com o modelo de licitação, o Governo estima certame de R$ 9 bilhões e economia R$ 1,2 bilhão em recursos. A concessão inclui os principais corredores que ligam Campo Grande à região Sudeste do país, passando por nove municípios de Mato Grosso do Sul e totalizando 870 km de extensão.

Os investimentos são para ampliar e antecipar melhorias na malha viária. Serão 135 km em duplicações, 457 km de acostamentos, 203 km em terceiras faixas, 12 km de marginais, implantação de 36 km em contornos de municípios, 112 dispositivos em nível e 4 dispositivos em desnível, 6 travessias sobre a linha férrea, 22 passagens de fauna, 16 passarelas, 3 postos de parada e descanso aos caminhoneiros.

Para proporcionar mais segurança e prestação de serviços aos usuários, a concessionária deverá implantar e operacionalizar os seguintes serviços: 19 guinchos para socorro mecânico; 13 ambulâncias de atendimento e socorro médico; 7 veículos de inspeção de tráfego; 5 caminhões-pipa para combate a incêndios; 5 caminhões adaptados para apreensão de animais e desobstrução de pistas; e 13 postos de atendimentos aos usuários com estacionamento, sanitários, telefones e área de descanso.


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