MS fecha setembro com 1,9 mil focos de incêndio, cinco vezes mais que em 2023
Os 1.965 focos de setembro, são bem menores do que os 4.648 focos registrados em agosto deste ano. Na prática, de um mês para o outro, caiu pela metade o número de focos de queimadas
| MIDIAMAX/PRISCILLA PERES
Setembro terminou com registro de 1,9 mil focos de queimadas em Mato Grosso do Sul e apesar do resultado 5 vezes maior que o de setembro de 2023, é possível dizer que as chamas estão sob controle. Isso porque o resultado está dentro da média e abaixo do resultado de 2020.
Para se ter ideia, em setembro de 2019 foram 3.210 focos de queimadas, 3.079 no mês em 2020 e 2.739 em 2021. O máximo de focos de queimadas já registrados em um mês de setembro, foram 5.380. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Os 1.965 focos de setembro, são bem menores do que os 4.648 focos registrados em agosto deste ano. Na prática, de um mês para o outro, caiu pela metade o número de focos de queimadas.
Os números mostram que o efeito das frentes frias aliado aos trabalhos de prevenção tiveram efeito sobre as queimadas em Mato Grosso do Sul. Outro modo de comparação é analisar os dados do estado vizinho. Mato Grosso teve impressionantes 19,9 mil focos de queimadas.
Operações de combate às chamas
Operação Pantanal, coordenada pelo Governo do Estado, conta com efetivo de 138 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, alocados em diferentes cidades. A operação ainda conta com o apoio de 88 militares da Força Nacional de Segurança Pública.
Além disso, o reforço tem representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. Na frota estão 46 veículos entre aeronaves, caminhões, caminhonetes e embarcações.
São 1.152 militares do Corpo de Bombeiros, 1.818 materiais utilizados, 159 viaturas, 730 ações de combate e outras 523 de prevenção.
Área queimada em MS e MT chega a 2.024.325 hectares de 1º de janeiro deste ano até 24 de setembro, o que representa uma redução de 20,3% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 2.541.425 hectares (considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS). Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ.
Plano de Manejo Integrado
Em meio à situação, o presidente Lula (PT) sanciona a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, em Corumbá.
Mais de 607 mil hectares de bioma pantaneiro já foram consumidos pelo fogo neste ano. Os incêndios ocorrem em meio a uma seca extrema enfrentada pelo Pantanal, que tem comprometido a navegação e a vida no bioma. Dezenas de animais foram impactados pelas chamas.
Antes de sancionar a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, Lula sobrevoou o Pantanal para ver a situação das queimadas. Dados do Inpe apontam para 1.354 focos de incêndios em julho, sendo 120 no dia 30.