PUBLICIDADE

Em palestra na Fiems, Tebet atualiza previsão para conclusão da Rota Bioceânica

Jaime Verruck, titular da Semadesc ressaltou a importância da logística, para que não se perca os benefícios de economia de 14 dias no transporte e 29% nos custos

| JHEFFERSON GAMARRA E MARISTELA BRUNETTO / CAMPO GRANDE NEWS


Ministra Simone Tebet durante coletiva na Fiems (Foto: Marcos Maluf)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participa de uma palestra na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) nesta sexta-feira (20), onde atualizou a previsão para a conclusão das obras da Rota Bioceânica, um dos principais projetos de integração da América do Sul.

A ministra destacou que, após um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefes de Estado da América do Sul, em maio de 2023, sua equipe desenvolveu o projeto de cinco rotas bioceânicas, que foram aprovadas por Lula e já estão em processo de implementação.

Segundo Tebet, a ordem de serviço para o início das obras da Rota Bioceânica foi assinada em dezembro de 2023, com um investimento inicial de R$ 470 milhões. A previsão inicial era começar as obras em março de 2024, mas houve atrasos. Agora, as obras estão em andamento e devem ser concluídas até o final de 2026. A ministra, de forma bem-humorada, comentou que o presidente Lula deve inaugurar a rota 'nem que seja em 31 de dezembro de 2026', fazendo referência ao último dia de seu mandato.

Conhecida como Rota Bioceânica, o projeto encurtará significativamente a distância para as exportações e importações brasileiras, facilitando o comércio com mercados estratégicos na Ásia, Oceania e na Costa Oeste dos Estados Unidos. Além de impulsionar as relações comerciais com esses mercados, a rota tem como objetivo integrar ainda mais os países da América do Sul, posicionando Mato Grosso do Sul como um hub logístico, um ponto central de distribuição de mercadorias para o Brasil e a região.

Mato Grosso do Sul é o coração dessa rota de integração, que passará pela cidade de Porto Murtinho e cruzará o território paraguaio pelas cidades de Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo. Em seguida, atravessará o norte da Argentina por Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta, até ingressar no Chile através do Passo de Jama. Por fim, a rota alcançará os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique, conectando o Brasil ao Pacífico e, consequentemente, aos mercados globais.

Esse corredor logístico visa reduzir o tempo de transporte em até 14 dias e cortar os custos em cerca de 29%, de acordo com Jaime Verruck, secretário da Semadesc, durante o evento. Para garantir esses benefícios, está prevista a construção de uma área de 18 mil metros quadrados no pátio de chegada da ponte da Rota Bioceânica, que facilitará o trânsito de veículos e mercadorias.

Tebet também abordou os desafios que ainda precisam ser discutidos e superados ao longo das de obras, como a estrutura alfandegária e a competitividade. Para tratar dessas questões, a ministra garantiu que iniciou conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a Receita Federal, que se envolverá diretamente no projeto, com previsão de destinação de pessoal para a operação da Rota Bioceânica.

O evento contou com a participação de Sérgio Longen, presidente da Fiems, Jaime Verruck, além de representantes de diversos setores industriais, como carnes, celulose e grãos. Esses setores devem ser diretamente beneficiados pela conclusão das obras da Rota Bioceânica, especialmente em termos de competitividade no mercado internacional. A expectativa é que, com a redução de custos e do tempo de transporte, esses segmentos possam expandir suas operações e alcançar novos mercados com mais eficiência.

Jaime Verruck, titular da Semadesc ressaltou a importância da logística, para que não se perca os benefícios de economia de 14 dias no transporte e 29% nos custos. Para isso, está prevista a construção de uma área de 18 mil metros quadrados no pátio de chegada da ponte, para garantir espaço ao trânsito de veículos e cargas. Segundo ele, Mato Grosso do Sul pode se tornar um grande centro logístico para distribuir produtos asiáticos no Brasil.


PUBLICIDADE
PUBLICIDADE