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''Governo Riedel faz política institucional, não eleitoral', diz secretário

Secretário da Casa Civil Eduardo Rocha diz que, embora alguns partidos da base aliada estarão se confrontando com o PSDB nessas eleições, ''nada muda''

| CORREIO DO ESTADO / FAUSTO BRITES


Eduardo Rocha fala sobre a posição da administração tucana nessas eleições com os partidos, municipalismo e sobre o MDB - Foto: Fausto Brites

Com uma base aliada ampla e formada por partidos políticos que, em sua grande maioria, tem pré-candidatos a prefeitos e vereadores, seja em Campo Grande como nos 78 municípios do interior, o governador Eduardo Riedel (PSDB) lida com esse cenário de forma institucional.

“A política eleitoral fica fora do governo. No governo tratamos é de política de Estado. Aqui trato com todos os partidos’’, afirma o secretário da Casa Civil Eduardo Rocha, ele mesmo de outra legenda, o MDB, onde é vice-presidente, mas que é um dos principais articuladores e interlocutores da administração estadual comandada por um tucano.

Dessa forma, as eleições municipais deste ano não irão interferir nas ações estabelecidas pelo governo do Estado, assegura o secretário. Com uma base aliada formada por um mosaico de siglas partidárias que vão se confrontar até o mês de outubro, Eduardo Rocha sinaliza a todo momento que a bandeira de paz sempre estará hasteada. Ele explica que a estratégia, para que não haja embaraços no bom andamento das propostas de governo a serem executadas, foi de se fazer uma separação:

“Ficou para o ex-governador Reinaldo Azambuja tocar a parte política, enquanto aqui no governo eu trato com o PT, com o PSDB, com o PP, com o PL, enfim, com todos os partidos e não falamos de política eleitoral”. Azambuja é o presidente estadual da legenda tucana.

Para reforçar seu argumento, o secretário diz que Campo Grande é um exemplo disso. “O PP é um partido aliado do governo e tem sua candidata à prefeita; o PT é a mesma situação, é aliado e tem candidata à prefeita’’.

No caso do PSDB, partido do governador Eduardo Riedel e com um representante na disputa pela prefeitura, não há tratamento diferenciado dos demais. “Como já disse, tratamos com todos a política institucional de governo”, frisa.

Nos últimos dias, os meios políticos ficaram agitados com a iniciativa do presidente do PSDB Reinaldo Azambuja e do governador Eduardo Riedel em buscarem aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro, líder maior do PL, para apoio a Beto Pereira à Prefeitura de Campo Grande e conseguiram o objetivo. Ocorre que a senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, do PP, estava também fazendo articulações para ter Bolsonaro no palanque da prefeita Adriane Lopes, que busca a reeleição. Isso teria causado estremecimento político entre a senadora e os líderes tucanos, mas o secretário da Casa Civil diz que em nível de governo “não mudou nada”.

“No governo fica do mesmo jeito. Nós respeitamos a senadora Tereza Cristina, que é minha amiga pessoal. Respeitamos os prefeitos do PP, tanto que tratei dos convênios com os prefeitos de Campo Grande, de Dourados, de Sonora, de Rio Verde’’, afirmou.

Esses convênios se referem a liberação de emendas parlamentares para atender municípios e instituições que, devido a legislação eleitoral, poderia ser feito até o dia 6 de julho. E diz, convicto: “Terminou a eleição, vai estar todo mundo junto e tocar o lema do governador Eduardo Riedel que é fazer uma gestão voltada para as pessoas”.

Deputado estadual por três mandatos, o secretário da Casa Civil afirma que decidiu não mais concorrer às eleições por acreditar num projeto que era o do hoje governador Eduardo Riedel. Em 2022 era parlamentar licenciado e atuou como secretário de Governo de Reinaldo Azambuja. Foi, então, convidado para chefiar a Casa Civil da atual administração tucana.

“Neste um ano e meio estou ajudando o Governo na interlocução com a Assembleia Legislativa, deputados federais, senadores e também com os 79 municípios, prefeitos, Câmaras de Vereadores, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, enfim, a Casa Civil faz a política de governo”.

Municipalismo

Na opinião de Eduardo Rocha, o Estado está amadurecido, assim como a classe política. Afirma que jamais houve uma convergência desta magnitude, ou seja, apoio tão amplo na Assembleia Legislativa, uma Casa independente.

“Os deputados entenderam o momento que o governo vive; um momento de um governo extremamente técnico. Articulamos, sim, a parte política dentro do governo que é essa política institucional, e então nós temos nossas parcerias. Começou com o governador Reinaldo Azambuja, ele veio fazendo, ampliando e o governador Riedel amplia mais ainda essas parcerias com interlocução com o governo federal, através da ministra Simone Tebet, com o Legislativo e o municipalismo que agora aflora com toda a força”.

“O governo Riedel resolveu conversar com os prefeitos, vereadores e lideranças de cada município, trazendo os 79 prefeitos, mais de 700 vereadores para dentro da governadoria, em audiências separadas, município por município. Nós fizemos de três a quatro audiências diariamente e isso durou 60 dias”, afirmou.

“Nós fizemos um programa de quase R$ 1 bilhão e 500 milhões em investimentos dentro dos municípios, dos quais R$ 500 milhões foram em convênios. Foram 110 convênios que nós conseguimos aprovar e já pagar a primeira parcela, por causa da lei eleitoral, de 88 convênios e os outro 22 terminaram a licitação. Esses vão dar andamento assim que for encerradas as eleições”, explicou.


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