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MS teve mais emendas autorizadas do que estados populosos, como SP e RJ

Já no Rio de Janeiro, terceiro maior estado brasileiro, com 16.055.174 pessoas, recebeu R$ 1,29 bilhão, o que significa R$ 80,32 por habitante

| CORREIO DO ESTADO / DAIANY ALBUQUERQUE


Investimentos na área da saúde básica estão entre emendas parlamentares de Mato Grosso do Sul - Foto: Gerson Oliveira

Mato Grosso do Sul recebeu este ano R$ 330.003.556 milhões do governo federal provenientes de emendas parlamentares da bancada federal do Estado, o valor representaR$ 120,05 por pessoa e, segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, MS recebeu mais do que outras unidades da federação que são muito mais populosas, como São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com o levamentamento da Folha, Mato Grosso do Sul aparece na 15ª colocação em relação ao valor enviado pela União neste ano, proporcionalmente a sua população, mesmo com apenas dois parlamentares da base do governo federal (Camila Jara e Vander Loubet). 

Conforme o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem 2.757.013 habitantes, o que significa que os R$ 330 milhões liberados dariam R$ 120,05 por pessoa, valor muito superior ao de São Paulo, por exemplo, o estado mais populoso do País ocupa a última posição no ranking. Os R$ 2,45 bilhões de emendas representam apenas R$ 55,09 por pessoa (são 44.411.238 habitantes).

Já no Rio de Janeiro, terceiro maior estado brasileiro, com 16.055.174 pessoas, recebeu R$ 1,29 bilhão, o que significa R$ 80,32 por habitante.

Para o deputado estadual Vander Loubet (PT), que é líder da bancada federal de Mato Grosso do Sul, esses o valor é “reflexo de um equilíbrio que precisa haver no Orçamento da União”.

“São Paulo e os outros grandes estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, não podem ter tudo e ficar com tudo. Eles já levam vantagem na hora de aprovar projetos de interesse de suas localidades, por conta dos tamanhos das bancadas, então entendo que essa questão das emendas faz justiça ao nosso Estado, que só tem 8 deputados e que precisa muito dos investimentos federais para o desenvolvimento, já que não temos o poder industrial e comercial deles”, declarou Vander.

“Aliás, nesse sentido, é importante entender as emendas parlamentares como instrumento de apoio aos estados menores. Do contrário, os grandes estados, as unidades mais ricas da Federação, levariam ainda mais vantagem sobre os estados com menos capacidade de arrecadação”, completou o deputado.

O valor de repasse reflete projetos da Câmara Federal e do Senado, onde Mato Grosso do Sul conta com três parlamentares, Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP).

Segundo o senador Nelsinho Trad, a conquista dos recursos pelos parlamentares de MS tem alguns elementos, entre eles o apoio do governo do Estado com projeto e a presença de Simone Tebet no Ministério do Planejamento e Orçamento.

“Quando a gente conquista um recurso isso é fruto de um tripé. Primeiro vem uma boa proposta para a liberação desses recursos e aí contamos muito com a ajuda do governo do Estado, depois uma equipe boa e antenada com as linhas de crédito dos ministério, e por último vem a atuação dos parlamentares e o prestígio dele. Temos também a ministra Simone Tebet, que nos ajuda bastante”, explicou Trad.

Entre as emendas de bancadas pagas neste ano estão: os R$ 523,4 mil para a reforma e reaparelhamento do Aeroporto de Dourados; a reestruturação dos institutos da rede federal de educação profissionalizante, no valor de R$ 2,4 milhões (R$ 542,2 mil já foram pagos); e R$ 6,6 milhões (R$ 329,4 mil já repassados) para o Instuto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Segundo o senador Nelsinho Trad, do total liberado também há os R$ 1,6 milhão usados para recapeamento da Avenida Duque de Caxias, entre o Aeroporto Internacional e o Núcleo Industrial no Bairro Indubrasil. Conforme o site Siga Brasil, dos R$ 331 milhões liberados para Mato Grosso do Sul, a maior parte foi para projetos do governo do Estado, com R$ 178,1 milhões. O restante foram para prefeituras do Estado, com R$ 152,8 milhões. A maior parte destes recursos, ainda segundo consulta na plataforma, são destinados para obras na saúde e educação.

CAMPEÃO DE EMENDAS

Segundo a Folha de São Paulo, o segundo menor estado do Brasil, o Amapá lidera proporcionalmente o ranking de emendas parlamentares liberadas até o início deste mês.

O governo federal pagou ao estado da região norte R$ 393 milhões em emendas indicadas por deputados federais e senadores, o que dá R$ 535 por habitante.

O estado tem os senadores Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo, e Davi Alcolumbre (União Brasil), que deve voltar à presidência da Casa em 2025.


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