A entrega física da obra da pista do Aeroporto Francisco Pereira de Matos está em andamento, conforme informações do 9°  BEC Batalhão de Engenharia de Construção ao Dourados News, mas ainda não há prazos específicos para a obtenção das documentações necessárias e, consequentemente para a liberação do local para operação.

Os esclarecimentos foram feitos em nota enviada à reportagem na manhã desta terça-feira (02).

Como mostrado pelo Dourados News, o órgão, responsável pela obra, iniciada em 2021, a qual culminou na interdição do local desde então para operar voos, havia informado que realizaria a desmobilização de pessoal da base do Aeroporto, até o dia 30 de junho, data que marcou o término do Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado entre a SAC (Secretaria Nacional de Aviação Civil) e o Exército.

Já nesta terça- feira (02), por meio da assessoria de imprensa, O 9° BEC disse que “ iniciou-se o recebimento físico das instalações, com o processo de entrega da obra, conferência dos serviços executados, das instalações construídas, equipamentos instalados e peças sobressalentes”.

Após esses trâmites, será assinado um Termo de Recebimento Físico da obra pela Prefeitura de Dourados, sendo a entrega definitiva realizada à Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), por meio do processo de Prestação de Contas Final, o qual “se encontra em andamento”. Não foram detalhados prazos do andamento de nenhum desses processos.

Novamente a assessoria frisa que os serviços na pista foram concluídos em junho, como havia citado em oportunidade anterior -relembre aqui-.

Em junho, a prefeitura municipal, por meio da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte) havia manifestado que a fiscalização das ações executadas no aeródromo caberiam a SAC (Secretaria Nacional de Aviação Civil).

“Recebemos o documento. Contudo, considerando que a Obra é uma contratação da SAC, cabe a mesma como fiscal do contrato, fazer o recebimento e conduzir a conferência do projeto. Nós estamos em contato com a SAC para alinhar esse recebimento, para que seja feito de forma condizente ao contrato, tão logo a Secretaria defina essa data e forma de recebimento, poderemos receber a obra” destacou a diretora da Agetran, Mariana Souza Neto.

Desta forma, o local segue sem data específica para retomar as atividades e os usuários do transporte aéreo no interior de Mato Grosso do Sul precisam recorrer ao aeroporto de Campo Grande ou aeroporto de Ponta Porã, caso queiram 'voar' partindo do Estado. 

A estimativa é que a obra da pista do aeródromo da segunda maior cidade do Estado já tenha custado mais de R$ 90 milhões.