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Prédio do Incra é ocupado pelo segundo dia seguido a favor da reforma agrária

Em nota divulgada pelo MST nesta manhã, o movimento esclarece seu objetivo com a manifestação

| FELIPE MACHADO/CORREIO DO ESTADO


Manifestação do MST pelo assentamento de terras aconteceu nesta quarta-feira (17) - Foto: MST / Divulgação

Em manifestação a favor da retomada da reforma agrária organizada, o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi novamente ocupado na manhã desta quarta-feira (17), desta vez por aproximadamente 200 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Campo Grande.

A aglomeração na frente do prédio iniciou-se às 7h, porém, uma hora depois, os manifestantes ocuparam o interior do Incra.

Em nota divulgada pelo MST nesta manhã, o movimento esclarece seu objetivo com a manifestação. 

“A mobilização tem como objetivo pressionar pela distribuição de terras para Reforma Agrária em áreas que já estão em negociação, que possuem ocupações ou cujos proprietários possuem irregularidades para com a União.”, diz um dos trechos da nota.

Além disso, o movimento indica os locais do qual estão reivindicando assentamentos no Mato Grosso do Sul. São elas em: 

Sidrolândia;
Ponta Porã;
Nova Andradina; 
Corguinho; 
Itaquiraí; 
Japorã;
Batayporã; 
Dourados.
Também elenca uma lista de cidades que foram identificados trabalho escravo: Anastácio, Antônio João, Nioaque, Iguatemi, Naviraí e Jardim.

SEGUNDO DIA SEGUIDO
Ontem, outra manifestação pedindo a retomada da reforma agrária ocorreu em frente ao prédio do Incra, desta vez organizado pelo Movimento Popular de Lutas (MPL). Na ocasião, também chegaram a ocupar o interior do edifício. 

Depois de horas aguardando uma resposta, um anúncio feito pelo o Superintendente Regional do Incra de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto, garantiu o início do cadastramento e é esperado que cerca de 3 mil famílias consigam garantir os novos assentamentos. Ainda segundo Paulo, 11 mil famílias aguardam por novas terras em todo o Estado.

As frequentes manifestações fazem parte do "Abril Vermelho",  mês em prol da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.

A data foi idealizada pelo MST e tem como lemas “Ocupar para o Brasil alimentar”. Os dias 15 a 19 de abril são marcados pelo momento de intensificação nos protestos.


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